Potirendaba

Cães são atacados por jararaca no quintal de chácara em Potirendaba (SP)

autor: Por Luiz Aranha, Gazeta do Interior - Potirendaba

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Dois cães foram atacados por uma cobra da espécie jararaca em uma chácara no bairro Cana do Reino, em Potirendaba (SP). Um deles infelizmente acabou morrendo.

A tutora dos animais, Rose Cameron, conta que mora no local há 14 anos e nunca encontrou nenhuma serpente. Ela acredita que o animal tenha vindo de uma plantação de cana-de-açúcar, já que a propriedade é toda limpa e cercada por alambrado.

“Era por volta de umas 19h da última sexta-feira (24), quando eu escutei um barulho muito grande e fui ver o que estava acontecendo. Ela [cobra] primeiro atacou o Tarzan no pescoço e inoculou a maior parte do veneno nele. Para tentar defender o Tarzar, a Luna mordeu a cobra. Mesmo assim a cobra ainda atacou a orelha da Luna”, explica.

Imediatamente Rose acionou socorro veterinário e dois profissionais foram até a chácara, onde uma verdadeira clínica foi montada na luta para tentar salvar os cães. Medicação e soro antiofídico rapidamente foram administrados nos animais, porém, Tarzan acabou morrendo por volta das 6h do sábado (25).

“Felizmente a Luna, que está comigo há 10 anos, está bem, mas o Tarzan, que estava comigo há 12 anos, infelizmente não resistiu. Tenho ainda outros dois cães, o Apólo e Pimpo, que não se feriram. O local onde aconteceu o ataque é próximo do meu carro e acredito muito que eles lutaram para me salvar, pois muito provavelmente eu quem seria atacada pela cobra”, fala Rose.



A jararaca é uma das serpentes mais comuns encontradas no Sudeste do Brasil, onde as fêmeas costumam ser maiores que os machos. De acordo com especialistas, a picada dela representa 90% dos casos do estado de São Paulo e, segundo o Ministério da Saúde, ela é a maior causadora de acidentes ofídicos no Brasil, representando 69,3% dos casos.

Existem medidas cientificamente adequadas a serem tomadas no caso de picadas serpentes. Os médicos do Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan, especializado no tratamento de acidentes com animais peçonhentos recomendam:

- não passar nada no local da ferida;
- não cortar a região da picada para extrair a peçonha;
- não chupar o sangue do local da picada para extrair a peçonha;
- lavar o local da picada com água e sabão;
- ficar deitado e elevar o membro afetado;
- ir para o hospital ou posto de saúde mais próximo evitando se mexer;
- tirar uma foto da serpente que ocasionou o acidente para identificá-la, se possível. Isso ajuda a definir o soro de serpente antiofídico correto.