São José do Rio Preto

HB de Rio Preto (SP) recebe 80 órteses para tratamento de crianças com 'Pé Torto Congênito'

autor: Por Gazeta do Interior - São José do Rio Preto

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O Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP) recebeu, nesta semana, a doação de 80 órteses ortopédicas para o tratamento do Pé Torto Congênito, condição que atinge cerca de uma a cada mil crianças no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que 2,5 mil bebês nasçam por ano com a deformidade.

A entrega foi feita por meio de um projeto idealizado pelo médico ortopedista e rotariano Dr. Ricardo Innecco de Castro, com apoio do Rotary Club de São Carlos e do Rotary International Alemanha, em parceria com o Rotary Alvorada, de Rio Preto. As órteses serão usadas no Ambulatório de Especialidades do HB, que segue o protocolo internacional de Ponseti, considerado o mais eficaz no tratamento da condição.

Durante a cerimônia, estiveram presentes representantes da Funfarme, médicos especialistas em ortopedia pediátrica e membros do Rotary. “Essa doação é muito importante para garantir que o tratamento seja completo, sem que famílias precisem enfrentar dificuldades para adquirir as órteses, que são essenciais para manter a correção conquistada nas primeiras fases”, destacou o ortopedista Dr. Alceu José Fornari Chueire.

Atualmente, o Ambulatório atende cerca de dois novos casos por mês e acompanha 10 crianças por semana em diferentes fases do tratamento.
O pequeno Rafael da Silva Mello, de apenas 4 meses, foi o primeiro paciente a receber uma das órteses doadas. Diagnosticado ao nascer, Rafael passou por cirurgia em agosto e iniciou nesta quarta-feira (3) a fase da órtese. A mãe dele, Danila Cristina, contou que o tratamento traz esperança para o futuro do filho. “Meu maior desejo é ver meu filho com os pezinhos normais. Com a órtese, sinto mais segurança de que o tratamento vai dar certo”, disse emocionada.

De acordo com os médicos, o método de Ponseti é dividido em três etapas: gessos semanais, cirurgia (necessária em 95% dos casos) e uso contínuo da órtese até os quatro anos de idade. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados.

Para o diretor executivo da Funfarme, Dr. Horácio Ramalho, a iniciativa fortalece o SUS. “Ações como essa transformam realidades e garantem qualidade de vida às crianças atendidas”, afirmou.

Dr. Ricardo Innecco, idealizador do projeto, celebrou a entrega no local onde iniciou sua carreira médica. “Me formei e fiz residência aqui. Encerrar esse projeto em Rio Preto tem um significado muito especial”, concluiu.