

Nesta sexta-feira, (05/09/2025), completa um mês desde o misterioso desaparecimento de três homens que viajaram de São José do Rio Preto (SP) até Icaraíma (PR), após terem sido contratados para cobrar uma dívida no valor de R$ 255 mil. Os três amigos — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso —, além do homem que os contratou, Alencar Gonçalves de Souza, seguem desaparecidos desde o dia 4 de agosto, um dia após chegarem ao município.
Desde o início do desaparecimento, as famílias prestaram queixa às autoridades, gerando mobilização das forças de segurança do Paraná. A Polícia Civil (PCPR) e a Polícia Científica (PCI/PR) conduzem a investigação, enquanto o Corpo de Bombeiros Militar (CBMPR) e a Polícia Militar (PMPR) atuaram diretamente nas buscas — com apoio de cães farejadores — em áreas rurais, margeadas por rios e até suspeitos locais como “bunkers” foram vasculhados, sem que se identifique qualquer vestígio dos desaparecidos.
A investigação segue em sigilo absoluto. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) esclareceu que “o inquérito policial que investiga o desaparecimento [...] está sob sigilo e qualquer pronunciamento pode comprometer as diligências. As forças de segurança do estado atuam em conjunto para esclarecer o caso.”.
Embora não haja avanços públicos significativos, algumas linhas de investigação receberam destaque pela imprensa. Segundo a polícia, não houve pedidos de resgate e as autoridades passaram a trabalhar com a hipótese de homicídio. Os suspeitos apontados seriam pai e filho da família Buscariollo, identificados como Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, que teriam negociado diretamente com Alencar antes do desaparecimento. Eles foram ouvidos e imediatamente liberados pela polícia, mas na sequência mandados de prisão preventiva foram expedidos, e ambos estão foragidos.
A polícia trabalha com imagens de câmeras de segurança, oitiva de testemunhas, checagem de informações anônimas e outras diligências judiciais — todas mantidas em sigilo.
Hoje, passados exatos 30 dias desde o sumiço dos três cobradores, do contratante e dos dois suspeitos, ainda não há pistas visíveis sobre o paradeiro dos envolvidos. O silêncio das autoridades, pautado no caráter sigiloso das apurações, mantém o caso nebuloso e carregado de angústia para as famílias. O aparato investigativo permanece ativo, mas, até o momento, sem quaisquer desdobramentos públicos que possam trazer alívio ou respostas.