
Moradores de Potirendaba (SP) têm usado as redes sociais e até conversas nas ruas para reclamar de um forte mal cheiro que vem incomodando a cidade há alguns dias. A Gazeta do Interior recebeu diversas manifestações sobre o problema e foi em busca de respostas.
As especulações entre os moradores variavam: alguns acreditavam que o odor vinha da aplicação de vinhaça nas lavouras, outros apontavam para possíveis atividades de curtumes ou até do chamado “leite da seringueira” (látex), conhecido pelo cheiro forte.
No entanto, após apuração junto ao Departamento de Agricultura da cidade, a reportagem constatou que a origem do mau cheiro foi a aplicação de cama de frango (esterco de galinha) em uma propriedade rural localizada a cerca de dois quilômetros da cidade.
Segundo o engenheiro agrônomo João Vitor Quintino, um produtor adquiriu cerca de três caminhões de esterco de uma granja e deixou o material depositado em sua propriedade na última segunda-feira (25).
“Por conta disso, como ficou depositado ali no monte, o esterco provocou esse cheiro por toda a cidade. Ele aplicou na pastagem apenas na quarta-feira (27) e, como ficou ali amontoado, acabou fermentando e liberando o odor, que se espalhou com o vento”, explicou o agrônomo.
Ainda de acordo com Quintino, o esterco é um adubo natural, rico em nitrogênio, fósforo e potássio, sem restrições de uso e considerado benéfico para o meio ambiente. Com a aplicação já realizada, a expectativa é que o cheiro diminua gradativamente entre quinta (28) e sexta-feira (29).