Destaques

Diocese se manifesta após condenação de padre de Penápolis (SP) por estupro de coroinha

autor: Por Gazeta do Interior

Publicado em

COMPARTILHE!  

A Diocese de Lins (SP) se pronunciou após a condenação do padre Antônio de Souza Carvalho, conhecido como padre Toninho, a 26 anos e oito meses de prisão por estupro de vulnerável contra um coroinha na igreja de Penápolis (SP). Em nota, a instituição informou que o religioso está afastado das funções ministeriais desde que a denúncia chegou ao seu conhecimento e que o caso foi encaminhado ao Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, onde tramita um Processo Penal Administrativo.

Segundo a Justiça, os abusos ocorreram entre 2009 e 2014, período em que a vítima tinha entre 13 e 17 anos. Os episódios foram praticados em deslocamentos para celebrações religiosas e em viagens. A vítima relatou que, nas primeiras vezes, dentro do carro do sacerdote, sentiu medo e não conseguiu reagir por enxergar o padre como representante de Jesus Cristo.

A denúncia só chegou às autoridades em 2024, quando o jovem decidiu relatar os abusos após se sentir encorajado pelas declarações do Papa Francisco, que defendeu que a Igreja assuma responsabilidades e peça perdão pelos crimes sexuais cometidos contra menores.

Antes de acionar a Justiça, o ex-coroinha procurou a Diocese de Lins, mas, segundo relatou, foi informado de que não haveria providências sem provas formais. No processo, detalhou ao menos dez episódios de violência.

Atuante em Penápolis desde 2001 e homenageado em 2007 com o título de cidadão penapolense, padre Toninho deixou a cidade em 2014, passando por Reginópolis e Luziânia, até ser suspenso das atividades religiosas. Atualmente vive em Lins e nega todas as acusações. Apesar da condenação, poderá recorrer em liberdade.