A Polícia Civil aguarda o laudo para comprovar se o corpo encontrado enterrado em uma fazenda de Nova Granada (SP) é o da adolescente, Giovana Pereira Caetano de Almeida, de 16 anos, que estava desaparecida desde outubro do ano passado, em São José do Rio Preto (SP).

Segundo o delegado que cuida do caso, Ericson Salles Abufares, a mãe de Giovana deverá comparecer ao Instituto Médico Legal (IML), nesta próxima quinta-feira, (29).

“Agora nós vamos comparar a amostra de material genético da mãe com o da vítima, para saber se é a jovem que estava desaparecida. Com base nisso, nós também vamos analisar se há marcas de agressão ou sinais de violência pelo corpo, o que poderá comprovar um homicídio ou não”, explica.

Conforme a Gazeta mostrou, o empresário, de 45 anos, contou para a polícia que a jovem teria morrido de overdose, após consumir cocaína e, com medo, ele decidiu enterrar o corpo dela na fazenda. Os dois estavam tendo um relacionamento, após ela ter ido até sua empresa pedir uma vaga de estágio.

O caseiro da propriedade, de 42 anos, contou para a polícia que, há cerca de sete meses, seu patrão apareceu na fazenda e pediu para que ele abrisse um buraco com o auxílio de um trator com pá carregadeira, porém, não teria dito para que serviria o buraco. Ele diz que então fez o que o patrão pediu e presenciou quando ele deu ré na caminhonete e a encostou perto do referido buraco.

Em seguida, o caseiro relata que entrou em sua residência e perdeu o contato visual com o patrão, sendo que depois pediu que jogasse terra por cima daquilo que ele colocou na vala. Antes de sair do local, o empresário disse ao caseiro que jogou um corpo humano no buraco e pediu para que ele não contasse para ninguém o que havia ocorrido.

Equipes da perícia foram ao local ontem e, com a ajuda de policiais civis e também do Corpo de Bombeiros, os restos mortais da jovem foram retirados do buraco. Junto com o corpo foram encontrados dois tênis, um anel, uma pulseira, uma correntinha, um aparelho celular danificado dentro de uma sacola e uma mochila com várias peças de roupas, maquiagens e outros objetos.

No boletim de ocorrência registrado pela mãe da Giovana, em outubro do ano passado, a mulher afirma que sua filha saiu de casa na segunda-feira, dia 23 de outubro, e que não sabia onde ela estava ficando, mas desconfiava que o empresário estava envolvido. Durante a confecção da ocorrência, a adolescente teria entrado em contato por telefone, mas não quis fornecer o endereço de onde estava ficando.

O empresário foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, ocultação e cadáver junto com o caseiro, entretanto, eles pagaram fiança no valor de R$ 21 mil e foram liberados. O caso está sendo investigado.
A mulher procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) afirmando que a adolescente não quis fornecer o endereço, mas que, aparentemente, estava tudo bem.