
A Polícia Civil de Ilha Solteira (SP) concluiu esta semana o inquérito sobre o desaparecimento da estudante de Zootecnia Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, e indiciou dois homens pelo feminicídio da jovem, que sumiu no dia 12 de junho ao sair do campus 2 da Unesp. A investigação, que durou 84 dias, foi encerrada na última quinta-feira (04/09/2025) e será encaminhada ao Ministério Público.
Foram indiciados Marcos Yuri Amorim, namorado de Carmen, e Roberto Carlos de Oliveira, policial militar aposentado apontado como amante dele. Ambos vão responder por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. Além disso, Roberto foi indiciado por falso testemunho, por ter mudado sua versão ao longo do caso. A Justiça também converteu as prisões temporárias em prisão preventiva.
Durante as investigações, foram feitas reconstituições no sítio de Marcos, último local onde a vítima foi vista com vida. Houve divergências nos relatos dos acusados, mas nenhum deles revelou onde estaria o corpo da estudante.
Nas versões apresentadas, Marcos alegou ter discutido com Carmen porque ela queria assumir o relacionamento, e disse que a briga terminou em agressões. Segundo ele, Carmen estaria com uma faca e caiu ao chão após o desentendimento. Em seguida, afirmou que pediu ajuda a Roberto, que teria dado um golpe fatal com uma barra de ferro e cortado o pescoço da vítima. Já o policial aposentado disse apenas que chegou ao local e Carmen já estava morta.