Um homem, de 34 anos, foi espancado com um taco de beisebol na madrugada deste último domingo (01/06/2025), após uma briga no bairro São Francisco, em Potirendaba (SP). O caso aconteceu após uma confusão em uma lanchonete do bairro, que já é alvo de denúncias por perturbação do sossego e problemas com a vizinhança.

Segundo informações da Polícia Militar, uma mulher de 44 anos relatou que ela e seu marido, S.P.S., estavam na lanchonete por volta das 3h, quando o homem se envolveu em uma briga. Durante a confusão, a mulher tentou apartar os envolvidos e teve um iPhone 11, um cartão bancário e R$ 95 furtados do bolso, por um indivíduo identificado pela vítima.

Mais tarde, ao saber quem havia cometido o furto, o marido decidiu sair em busca do suspeito. Por volta das 5h, a casa do casal foi invadida por quatro pessoas armadas com facas e pedaços de madeira. Eles procuravam S.P.S. e chegaram a ameaçar matá-lo, mas, ao não encontrá-lo na residência, foram atrás dele.

S.P.S. foi localizado na avenida Conselheiro Rui Barbosa, onde os agressores jogaram um carro contra sua moto, derrubaram-no e o espancaram brutalmente com um taco de beisebol, deixando-o desacordado. Ele foi socorrido para o Hospital de Potirendaba com lesões no corpo e no tórax e depois transferido ao Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), para exames mais detalhados.

A moto de S.P.S., uma Titan 150, foi levada do local, mas encontrada abandonada horas depois na rua Luiz Rosan, também no bairro São Francisco.

A Polícia Militar realizou patrulhamentos na região em busca dos autores do crime, mas até o momento ninguém foi preso. Informações obtidas pela reportagem indicam que dois dos suspeitos são integrantes da facção criminosa PCC e estariam encarregados de fazer julgamentos do “tribunal do crime” em Potirendaba. O caso será investigado pela delegacia de Potirendaba.

Perturbação de estabelecimentos:

Conforme a Gazeta já mostrou em outras ocasiões, a lanchonete do bairro São Francisco é alvo frequente de reclamação de moradores. O local, inclusive, já foi palco de homicídios, em 2016.

Na madrugada do último dia 11 de maio desse ano, por volta da 1h20, a Polícia Militar foi acionada após uma moradora denunciar o volume excessivo de som durante um show ao vivo no estabelecimento. Segundo a solicitante, que reside próxima ao local, o bar realiza shows todos os finais de semana com música muito alta, tornando impossível descansar. Ela relatou ainda que foi diagnosticada com câncer de mama e necessita de cuidados especiais, o que torna a perturbação ainda mais impactante para sua saúde e bem-estar. Cansada da situação, ela decidiu registrar a ocorrência, na esperança de que medidas sejam tomadas.

No local, os policiais entraram em contato com o proprietário do estabelecimento, que confirmou a realização do show naquela noite. Ele foi orientado sobre a Lei Municipal nº 2549, de 18 de julho de 2013, que proíbe a utilização de espaços públicos e vias para eventos musicais não autorizados, e sobre o Artigo 42 do Decreto-Lei nº 3.688/41, que trata da perturbação do sossego público como contravenção penal.

Apesar de orientado, como o proprietário havia encerrado as atividades no momento do registro da ocorrência, os equipamentos sonoros não foram apreendidos. A ocorrência foi registrada e encaminhada via e-mail para a Delegacia de Polícia de Potirendaba, para que as providências cabíveis fossem tomadas.

Outro local alvo de constantes reclamações dos moradores é uma arena esportiva, bar e lanchonete, que fica no centro de Potirendaba. Dois dos suspeitos do ataque a S.P.S. já haviam sido flagrados, em março deste ano, portando uma arma de fogo no local.

Conforme a Gazeta mostrou, policiais receberam denúncia de que um suspeito estaria armado no estabelecimento, por volta da 1h, no dia 4 de março. Cerca de 100 pessoas estavam lá, no momento.

No último dia 24 de maio, uma operação conjunta envolvendo a Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e fiscais de postura da Prefeitura de Potirendaba resultou na interrupção de um show ao vivo, que acontecia na referida arena e lanchonete. A ação foi motivada, segundo as autoridades, após diversas reclamações de perturbação do sossego e até um abaixo-assinado realizado pelos moradores.

O proprietário foi multado e teve o som apreendido. Os casos estão sendo acompanhados pela Prefeitura de Potirendaba e agora pelo Ministério Público.