Prefeitura de Ibirá (SP) foi multada novamente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), em quase R$ 70 mil por descarte irregular de lixo no antigo aterro sanitário da cidade, que deveria estar desativado. Conforme a Gazeta vem acompanhando, recentemente o município foi flagrado enterrando lixo no local.

De acordo com a Cetesb, após vistoria realizada no local, no dia 08/11, a prefeitura de Ibirá foi multada em R$ 69.120,00, por estar depositando irregularmente resíduos no aterro sanitário desativado. As multas aplicadas, até agora, já ultrapassam R$ 110 mil. Vídeo enviado por leitores à Gazeta flagrou o município enterrando lixo com uma máquina no local.

No dia 9 de novembro, ao ser questionada pela reportagem, a Prefeitura de Ibirá disse que solicitou autorização junto à Cetesb para operar com "transbordo" e a mesma expediu a licença prévia e com ela ainda não tinha autorização para operar o transbordo, onde, para isso, era necessário obter a liberação definitiva ou licença de operação.

Porém, a CETESB disse para a Gazeta nesta terça-feira (21/11), que, em outubro desse ano, o município obteve a Licença Prévia para uma unidade de transbordo de resíduos sólidos domiciliares em área limítrofe ao antigo aterro em valas, para destinação final à CGR – Catanduva (SP). “Inclusive, estando autorizada a proceder o transporte diretamente sem a necessidade de transbordamento dos resíduos”, disse a Companhia.

Denúncias enviadas por leitores hoje, afirmam que o município continua realizando, de forma irregular, o descarte de outros resíduos em quatro diferentes pontos da cidade. Fotos e vídeos enviados ao jornal mostram o descarte de entulhos, galhos e móveis na saída para Elisário, próximo ao Campo da Aviação, Curva do Laurindo e rua Luiz Carlos de Souza, na saída para o bairro São Benedito.





Novamente questionada, a Prefeitura de Ibirá negou que o município esteja realizando o descarte de forma irregular, mas sim, que está realizando um contrato com a empresa CGR, onde ela disponibiliza um contêiner para depósito dos resíduos, que depois então são destinados para Catanduva.

A CETESB, através de sua Agência em São José do Rio Preto, disse que continuará realizando inspeções no local e, caso o problema persista, tomará as medidas administrativas cabíveis.