Nacional

Quadrilha é presa por assassinato brutal de adolescente na região de Ribeirão Preto (SP)

autor: Gazeta do Interior

Publicado em

Última edição:

COMPARTILHE!  

A morte brutal do adolescente, Alex Gabriel Santos, de 16 anos, está mobilizando a cidade de Pontal (SP) – a 40 quilômetros de Ribeirão Preto (SP), e gerando comoção em todo o interior do estado de São Paulo.

O adolescente desapareceu no domingo (01/06), após ser retirado à força de casa por pelo menos três homens, em uma caminhonete. O corpo foi localizado apenas seis dias depois, na manhã do último sábado (07/06), às margens do Rio Pardo, entre Pontal e o distrito de Cândia, com evidentes sinais de tortura.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por uma retaliação envolvendo um celular. Alex, que não tinha telefone, teria encontrado um aparelho esquecido em um depósito de bebidas próximo de sua casa. A suspeita é que o dono do aparelho, ao descobrir com quem ele estava, teria agido de forma violenta para recuperar o bem.

A irmã da vítima, Kemily Pereira Rocha, contou que o jovem estava animado ao chegar em casa com o celular, mas no dia seguinte já não foi mais visto. Um vizinho relatou à polícia ter visto o momento em que Alex foi agredido e forçado a entrar em uma caminhonete na madrugada de domingo.

A mãe, Evilene Pereira dos Santos, confirmou que um homem acompanhado de uma funcionária do depósito foi até a casa e chamou o garoto, que foi imediatamente atacado e levado. A mulher procurou a polícia e registrou boletim de ocorrência por desaparecimento.

Com apoio de imagens de segurança e depoimentos, a polícia conseguiu identificar o veículo e os envolvidos. Quatro suspeitos foram detidos temporariamente por ordem da Justiça:

Uanderson dos Santos Dias, 19 anos
João Guilherme Moreira, 27 anos, dono do celular
Alex Sander Benedito Ferreira, 23 anos
Jean Carlos Nadoly, 28 anos

Segundo o delegado Cláudio Messias Alves, um dos detidos confessou que o adolescente foi levado a um galpão, onde foi agredido e torturado. Em seguida, ele teria sido deixado em uma área de mata. A caminhonete usada no crime foi apreendida, assim como o celular, que já havia sido formatado e estava sem chip, supostamente por Alex.

O corpo do jovem foi com os braços e pernas amarrados com arame farpado, corda e um saco na cabeça. Segundo o primo da vítima, Samuel Lopes da Silva, havia claros sinais de tortura.

A funcionária do depósito que levou o dono do celular até a casa de Alex está sendo tratada como testemunha, embora a família questione sua participação no crime. A defesa dela afirma que ela não poderia prever a ação violenta dos suspeitos e que tem colaborado com as investigações.

A Polícia Civil afirma que a principal hipótese é de que Alex não cometeu nenhum crime, e que o celular pode ter sido deixado ou esquecido no balcão do depósito. As investigações continuam para esclarecer a motivação completa e o grau de envolvimento de cada um dos presos.

O caso gerou revolta na cidade e foi seguido por protestos pedindo justiça. A comoção se espalhou pelas redes sociais, com moradores e familiares exigindo punição rigorosa aos responsáveis.