Trabalhadores terceirizados que prestam serviços à Secretaria Municipal da Educação de São José do Rio Preto (SP) realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (09/06/2025) em frente ao prédio da Prefeitura. A manifestação foi motivada pelo atraso no pagamento do salário referente ao mês de maio, que ainda não foi depositado.

Os manifestantes são funcionários da empresa GF, responsável pela terceirização de serviços como limpeza, portaria e apoio escolar nas escolas da rede municipal. Este é o terceiro mês consecutivo em que os mais de 1,4 mil trabalhadores não recebem seus salários dentro do prazo legal, que vai até o quinto dia útil.

De acordo com a Prefeitura, o impasse ocorre porque a empresa GF não possui atualmente uma Certidão Negativa de Débitos (CND), documento obrigatório para que recursos públicos possam ser repassados legalmente. Por isso, desde o final de maio, a administração municipal busca autorização da empresa para fazer os pagamentos diretamente aos funcionários. A autorização formal só foi concedida na última quinta-feira (5), quando teve início a coleta dos dados bancários dos trabalhadores.

No entanto, um novo contratempo ocorreu na sexta-feira (6), quando a GF enviou uma lista com contas-salário — tipo de conta que não aceita depósitos diretos da Prefeitura. A administração notificou a empresa, que até a manhã desta segunda ainda não havia enviado uma nova relação com contas correntes válidas.

Para evitar prejuízos no funcionamento das unidades escolares, a Secretaria da Educação mobilizou cerca de 100 servidores próprios para atuarem emergencialmente nas escolas, entre equipes pedagógicas, de apoio e do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

A Prefeitura informou que os pagamentos serão realizados à medida que os trabalhadores fornecerem os dados bancários corretos. Aqueles que já enviaram suas informações devem receber os salários ainda nesta segunda-feira. Os demais devem procurar suas unidades para entregar os dados o mais rápido possível.

Enquanto isso, a Secretaria da Fazenda organiza os valores a serem pagos a cada funcionário e se prepara para efetuar os depósitos manualmente, caso necessário. A gestão municipal afirma que a prioridade é resolver o impasse nos próximos dias.

O Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade (SETH) acompanhou o protesto e criticou a demora na resolução do problema, destacando a insegurança enfrentada pelos trabalhadores diante de atrasos recorrentes e da instabilidade na prestação de informações por parte da empresa GF.