DER promete mudanças em trevo de Ibirá após acidentes fatais
Posted by Luiz Aranha at 6:02
Pouco mas de dois meses após a tragédia que chocou Ibirá e região, a polícia tenta entender as causas do acidente que matou dois e deixou outros dois feridos no último dia 15 de dezembro. O local já ficou conhecido como trevo da morte.
Sexta-feira, 3h30, 15 de dezembro de 2017. Em um Santana, três jovens amigos de Ibirá voltavam de um posto onde teriam ido abastecer em Uchoa. Ao cruzar o trevo da Rodovia Roberto Mario Perosa, já em Ibirá, uma Montana também dirigida por um jovem colide na transversal e com o impacto o Santana capota, é arremessado a metros de distância e só para dentro de uma valeta da rodovia.
Dentro do Santana estava o motorista do Santana era Clayson Martins Endo, de 23 anos, (dir. foto) o passageiro, Heitor Henrique Biscola Tozzi, de 23 anos, (esq. foto) e Marcelo Amaral Alves, de 18 anos que estava no banco traseiro. Heitor morreu na hora e Cleyson chegou a ser socorrido com vida, mas acabou morrendo a caminho do hospital.
Marcelo foi socorrido com ferimentos na cabeça, precisou ficar internado três dias e felizmente sobreviveu. Nesta segunda semana de janeiro a Gazeta voltou ao local do acidente junto com Marcelo e ainda abalado com a perda dos amigos, o rapaz fala que sobreviveu graças a um milagre.
“A gente tinha ido abastecer em Uchoa e já estava voltando. Eu estava dormindo no bando de trás e acabei não vendo nada, mas só sobrevivi por um milagre”, fala Marcelo que mostrou para nossa reportagem o local onde ele foi arremessado após a batida.
Na Montana estava Maxuel de Jesus Oliveira, morador de Urupês, que também ficou ferido. De acordo com a Polícia Civil de Ibirá, Maxuel contou que enquanto os outros três jovens eram socorridos, um amigo dele passou de moto e pegou carona até um hospital.
O inquérito policial já foi instaurado e ele vai responder criminalmente por fuga de local de acidente. De acordo com o delegado que cuida do caso, o laudo da perícia com as causas do acidente ainda não ficou pronto e só assim poderá começar a ouvir as vítimas.
A polícia quer descobrir se o Maxuel ou Clayson teriam bebido antes do acidente. Devido à gravidade do acidente, no dia da batida não foi possível realizar o teste do bafômetro em Maxuel, o que dificultará às investigações.
O laudo da perícia deve concluir se Maxuel também estaria acima da velocidade permitida e se Clayson teria passado direto no pare da rotatória. Os dois veículos ficaram completamente destruídos no acidente.
Clayson era pai de uma menina com poucos meses de vida. Ele era casado e morava em Ibirá, onde foi enterrado no mesmo dia em que o amigo Heitor.
O trevo, que é em nível, é bastante perigoso pela falta de visibilidade no local. A Gazeta já mostrou diversos acidentes fatais no trecho que já ficou conhecido como trevo da morte.
O engenheiro elétrico, Cleyton Martins Endo, irmão de Clyson diz que a solução para o local é simples e barata. “Aqui o precisa é reduzir a velocidade, então se obrigasse o motorista a trafegar pela rotatória reduziria drasticamente o número de acidentes aqui”, afirma o rapaz que também voltou ao local do acidente.
No dia 28 de fevereiro do ano passado, Juliana Cristina Lourenço, de 28 anos, morreu em um grave acidente ao tentar atravessar o local. Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, era por volta das 18h50 quando Juliana que dirigia um Fox tentava cruzar a rodovia no momento em que foi atingida na lateral por um Corola que seguia sentido Urupês X rodovia Washington Luís.
A batida foi tão forte que o motor do carro de Juliana foi arrancado e foi arremessado a metros de distância. A vítima chegou a ser socorrida para a Santa Casa da cidade, mas acabou não resistindo.
No Corola estavam outras duas mulheres, uma de 22 e outra de 30 anos. Elas tiveram ferimentos leves, foram socorridas para o Hospital de Base de São José do Rio Preto e sobreviveram.
Juliana morava em Rio Preto e amava animais. Segundo amigos dela, quando dirigia a jovem não usava bebida alcoólica.
No dia 16 de março de 2015, um professor de 61 anos também perdeu a vida no local. Segundo informações de amigos, Gary Prearo voltava de uma reunião com outros professores em Potirendaba, onde dava aula de História e Geografia.
Uma carreta que seguia pela rodovia Roberto Mario Perosa, não conseguiu frear a tempo e bateu na lateral da porta do carro de Gary. O professor morreu na hora e o motorista do caminhão nada sofreu.
A reunião era de Horário de Trabalho Coletivo Pedagógico (HTPC), com outros professores da Escola Municipal Maestro Antônio Amato. O corpo do profissional foi enterrado em Ibirá, cidade onde ele morava.
Com base nas reportagens da Gazeta, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), disse que está em andamento elaboração de projeto executivo de obras e readequação da rotatória existente no local. Trecho da nota diz que o dispositivo não terá mais a possibilidade de cruzamento em 90 %, o que acontece atualmente, mas que reforça a sinalização sempre que necessário e que executa serviços de conservação de rotina como roçada, poda, limpeza e manutenção do pavimento com serviços de tapa-buraco.
(Foto: Luiz Aranha/Gazeta do Interior)
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