CPFL registra aumento de 44% no número de “gatos” na energia elétrica na região de São José do Rio Preto
Posted by Luiz Aranha at 10:50
Reportagem de 28/02/2019
A Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) intensificou a fiscalização contra fraudes e furtos de energia na região de São José do Rio Preto. Na comparação entre 2018 e o ano de 2017, a concessionária registrou um crescimento de 44% no número de irregularidades identificadas, passando de 3.483 para 5.019 casos.
A cidade de São Jose do Rio Preto foi a que registrou o maior número de irregularidades identificadas, alcançando a marca de 2.701 ocorrências, um crescimento de 95,5%. Em segundo lugar ficou Araçatuba, com 1.067 ocorrências, e Barretos, com 652 casos de fraudes e furtos (para mais detalhes, ver tabela abaixo).
No ano de 2018, considerando as cidades de São José do Rio Preto, Araçatuba, Barretos, Lins, Penápolis, Monte Azul Paulista, Olímpia, Mirassol, Glicério e Bady Bassitt, a CPFL Paulista conseguiu recuperar um volume de 12.046 MWh de energia furtada. Isso seria suficiente para abastecer 6.693 famílias de quatro pessoas pelo período de um ano, o que equivale ao consumo de uma cidade do porte de Charqueada, Elias Fausto ou Itatinga.
Cidade | Ano | Inspeções Realizadas | Irregularidades | Energia recuperada (MWh) | Casas por 1 ano | |
São Jose do Rio Preto | 2018 | 15.277 | 2.701 | 6.482 | 3.601 | |
2017 | 7.965 | 1.381 | 3.314 | 1.841 | ||
Araçatuba | 2018 | 6.897 | 1.067 | 2.561 | 1.423 | |
2017 | 3.777 | 824 | 1.978 | 1.099 | ||
Barretos | 2018 | 3.051 | 652 | 1.565 | 869 | |
2017 | 2.253 | 836 | 2.006 | 1.115 | ||
Lins | 2018 | 690 | 134 | 322 | 179 | |
2017 | 641 | 97 | 233 | 129 | ||
Penápolis | 2018 | 892 | 132 | 317 | 176 | |
2017 | 812 | 117 | 281 | 156 | ||
Monte Azul Paulista | 2018 | 510 | 104 | 250 | 139 | |
2017 | 309 | 79 | 190 | 105 | ||
Olímpia | 2018 | 564 | 102 | 245 | 136 | |
2017 | 288 | 41 | 98 | 55 | ||
Mirassol | 2018 | 454 | 80 | 192 | 107 | |
2017 | 442 | 73 | 175 | 97 | ||
Glicério | 2018 | 139 | 26 | 62 | 35 | |
2017 | 116 | 23 | 55 | 31 | ||
Bady Bassitt | 2018 | 182 | 21 | 50 | 28 | |
2017 | 183 | 12 | 29 | 16 | ||
Total | 2018 | 28.656 | 5.019 | 12.046 | 6.693 | |
2017 | 16.786 | 3.483 | 8.359 | 4.644 |
Intensificação da fiscalização
Nos últimos anos, a CPFL afirma que tem intensificado a fiscalização contra fraudes e furtos de energia em todos os municípios atendidos pela distribuidora. Em 2018, a Companhia realizou 266,1 mil inspeções, aumento 42,4% na comparação com as 186,8 mil inspeções executadas em 2017. Atualmente, a taxa de sucesso é de 21,3%, ou seja, para cada cinco fiscalizações realizadas, as equipes encontram uma fraude. Isso significa que, em 2018, a distribuidora encontrou 56.893 casos de fraudes e furtos, recuperando 136.534 MWh de energia (suficiente para abastecer 75,8 mil famílias por um ano, equivalente à cidade de Santa Bárbara d’Oeste).
“O trabalho realizado em conjunto com os órgãos públicos e autoridades policiais também tem se mostrado fundamental nas operações que visam o combate às fraudes e ligações clandestinas. Todas essas ações possibilitaram que a distribuidora passasse a identificar um número maior de irregularidades em 2018”, afirma o Sartori.
Furtar energia é crime
As fraudes e furtos de energia são crimes previstos no Código Penal, e a pena pode variar de um a quatro anos de detenção. Além disso, para os fraudadores também são cobrados os valores retroativos referentes ao período em que ocorreu o roubo, acrescidos de multa. As distribuidoras do Grupo CPFL Energia, que atuam em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, têm atuado em parceria com o poder público para coibir estas práticas.
Além de crime, as irregularidades contribuem para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores. Isso ocorre porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) reconhece nas chamadas “perdas comerciais”, como são denominados os furtos e as fraudes no jargão do setor elétrico, uma parcela do prejuízo da distribuidora com o valor da energia furtada e dos custos para identificar e coibir as irregularidades.
Outra consequência negativa dos furtos e fraudes de energia é a piora na qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas, deixando o sistema de distribuição mais suscetível às interrupções no fornecimento de energia. A regularização destes clientes traz cidadania para essa parcela da população e beneficia todos os consumidores com um serviço de melhor qualidade.
(Foto: Luiz Aranha/Gazeta do Interior-arquivo)
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